MORAR BEM!...

A Vila Kosmos é um bairro residencial da cidade do Rio de Janeiro, que embora sendo uma Metrópole, e antigo Distrito Federal, onde por muito tempo esteve sediada a Capital do Brasil, pode contar com um lugar como esse, de jeito interiorano, local cujas pessoas se conhecem, cumprimentam-se, são solidárias e fazem festas nas vias públicas de épocas, tais como o Carnaval, São João, etc. No lapso de uma hora, dependendo do tipo de transporte, da Vila Kosmos, pode-se chegar, por exemplo, de carro à Praia de Grumari em 50 minutos, ou à Copacabana em 36 minutos; por outra, de Metrô, partindo da estação Vicente de Carvalho em 18 minutos é possível alcançar o Maracanã ou a UERJ; em 23 minutos, também de Metrô, chega-se à Central do Brasil; ao Largo da Carioca, em 28 minutos; pode-se ir à pé ao Carioca Shopping e até mesmo à Casa de Show Olimpo ... É um bairro servido de muitos ônibus, metrô. A partir daí pode-se ter uma idéia de distâncias, e saber que o conceito de morar bem ou mal tem a ver com o ponto de vista de cada um, e com o de partida, também. Ser feliz é morar onde se gosta! Nós gostamos! Ao vosso dispor para demais informações: E-MAIL: leonardoamorim@ig.com.br . Tels: (21) 33510191; (21) 992257626 - LEONARDO AMORIM.

terça-feira, 8 de março de 2011

A RELAÇÃO DE DILMA COM A VILA KOSMOS.

Pode-se dizer, uma relação indireta, até que novas informações possam ser prestadas, desdizendo ou acrescentando o que já se sabe. Dilma Vana Roussef, - mulher de fala pausada, mãos gesticuladoras, olhar austero tem passado que poucos conhecem; até há pouco dizia-se apenas que combatera nas fileiras da VAR-Palmares, um dos principais grupos armados da década de 60; foi militante da POLOP (Política Operária), da COLINA (Comando de Libertação Nacional) e, por fim, do grupo terrorista VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares), todos de cunho comunista. Foi duramente perseguida, presa e torturada e teve papel relevante numa das ações mais espetaculares da guerrilha urbana no Brasil — o célebre roubo do cofre do governador paulista Adhemar de Barros, na chamada Ação Grande, contendo US$ 2,5 milhões, da qual participaram 13 terroristas.
A VAR-Palmares pretendia derrubar o governo militar vigente e construir no Brasil uma ditadura totalitária de esquerda nos moldes cubano ou albanês.

Dilma Vana Roussef, nos idos de 1967, com 20 anos de idade, ingressou na POLOP (Política Operária); cursava a Escola Federal de Economia, em Belo Horizonte e foi recrutada pelo seu noivo e depois marido, Cláudio Galeno de Magalhães Linhares.

Com as primeiras prisões da POLOP, fugiu para o Rio e ingressou no COLINA (Comando de Libertação Nacional), outra organização marxista-leninista onde, segundo o jornalista Luiz Maklouf Carvalho, ensinou marxismo para uma célula, escreveu artigos apara o jornal Piquete, ajudou na infra-estrutura de algumas ações armadas (três assaltos a banco) e subiu para a direção do COLINA. 



Durante o famoso encontro da cúpula da VAR-Palmares realizado em Setembro de 1969, em Teresópolis, região serrana do Rio, Dilma Rousseff polemizou duramente com Carlos Lamarca, o maior mito da esquerda guerrilheira. Lamarca queria intensificar as ações de guerrilha rural, e Dilma achava que as operações armadas deveriam ser abrandadas, priorizando a mobilização de massas nas grandes cidades; assim, do encontro, produziu-se um racha. Dos 37 presentes, 30 concordaram com Dilma e 7 acompanharam Lamarca, que ficaram com boa parte das armas da VAR-Palmares e metade da fortuna do cofre.  
A divergência com Carlos Lamarca não impediu Dilma de manter uma sólida amizade com a guerrilheira Iara Iavelberg, musa da esquerda nos anos 60, com quem o capitão manteve um tórrido e tumultuado romance. Dilma chegou a hospedá-la em seu apartamento, no Rio; juntas, iam à praia, falavam de cinema, tornaram-se confidentes.

A Ação Grande
ocorreu na tarde de 18 de Julho de 1969; a bordo de três veículos, um grupo formado por onze homens e duas mulheres, todos da VAR-Palmares, chegou à mansão do irmão de Ana Capriglioni, amante do governador, no bairro de Santa Teresa, no Rio; quatro guerrilheiros ficaram em frente à casa, e nove entraram, renderam os empregados, cortaram as duas linhas telefônicas e dividiram-se: um grupo ficou vigiando os empregados e outro subiu ao quarto para chegar ao cofre de 350 quilos, que devia deslizar sobre uma prancha de madeira pela escadaria de mármore, mas acabou rolando escada abaixo. A ação durou 28 minutos e foi coordenada por Dilma Rousseff e Carlos Franklin Paixão de Araújo, que então comandava a guerrilha urbana da VAR-Palmares em todo o país e mais tarde se tornaria pai da única filha de Dilma; o casal planejou, monitorou e coordenou o assalto ao cofre, no entanto, Dilma não teve participação física na ação: "Se tivesse tido, não teria nenhum problema em admitir", diz Dilma.
Dilma era tão importante para a organização que não podia ir para a linha de frente; ela tinha tanta informação que sua prisão colocaria em risco toda a organização: era o "cérebro da ação", diz o ex-sargento e ex-guerrilheiro Darcy Rodrigues, que adotava o codinome "Leo", e que, em outra ação espetacular, ajudou o capitão Carlos Lamarca a roubar uma Kombi carregada de fuzis de dentro de um quartel do Exército, em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. "Quem passava as orientações do comando nacional para a gente, era ela." Uma das funções de Dilma era indicar o tipo de armamento que deveria ser usado nas ações e informar onde poderia ser roubado. Só em 1969, ela organizou três ações de roubo de armas em unidades do Exército, no Rio.
 
Em 16 de Outubro de 1969, mês seguinte ao I Congresso da VAR-P,  Carlos Minc foi preso na rua Ana Neri nº 332, e, sob tortura informou o local sede da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) fundada por Carlos Lamarca; ocorreu então o "estouro" do aparelho terrorista, na mesma data, e localizado na rua Toropi 59, no bairro da Vila Kosmos, onde residiam, além de Carlos Minc, a amante deste, Sônia Eliane Lafoz (hoje socióloga, casada, e residindo em Curitiba), Sargento Araújo (militar desertor do Exército), e o jovem de 18 anos - Eremias Delizoikov (que morreu no local com 35 tiros, numa ação do DÓI-CODI e pessoal da Marinha). O redator deste Blog, na época com 6 anos de idade, lembra-se da imagem vista dos fundos da sua casa, quase fronteiriça com a rua Toropi 59, ocasião que homens armados pularam o muro, vindos de uma casa situada na rua paralela denominada Assurema; outrossim, uma senhora, moradora do morro do Juramento, que trabalhava "lavando" e "passando" roupas, inclusive para a família deste redator, comentou horas antes que "viu" um homem sem as unhas com as mãos sangrando muito, e dentro de um carro na companhia de outros homens "apontando" para o número 59 da rua Toropi. Teria sido Carlos Minc, haja vista ele ter revelado a localização do "aparelho"? A estadia de Dilma na rua Toropi 59, é fato desconhecido, porém não descartado, haja vista, conforme dito, mantinha uma sólida amizade com a guerrilheira Iara Iavelberg, musa da esquerda nos anos 60, com quem o Capitão Lamarca manteve um tórrido e tumultuado romance, até por que Dilma chegou a hospedá-la em seu apartamento, no Rio.

Foi presa em janeiro de 1970; nos três anos que passou na cadeia, seu nome chegou a aparecer em listas de guerrilheiros a ser soltos em troca da libertação de autoridades seqüestradas — mas  uma ação que renderia sua liberdade foi malsucedida. Na época da sua prisão,  o promotor militar que preparou a acusação classificou-a com epítetos superlativos: "Joana D'Arc da guerrilha" e "papisa da subversão". Dilma passou três anos encarcerada em São Paulo e foi submetida aos suplícios da tortura.  




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